MUSEU DO LOUVRE, 10 OBRAS IMPERDÍVEIS!

O Museu do Louvre é um ponto turístico imprescindível em uma viagem para Paris, mesmo para quem não é um grande admirador de obras de arte, afinal o local concentra algumas das obras mais importantes do mundo.

Este gigantesco museu ocupa um espaço de mais de 60 mil m² e possui uma coleção permanente de 35 mil obras, dividida em oito coleções (antiguidades egípcias, esculturas, pinturas, arte islâmica, arte decorativa, gravuras e desenhos, antiguidades orientais e antiguidades gregas, romanas e etruscas), cinco níveis (0, 1 ,2, -1 e -2) e três alas principais (Richelieu, Sully e Denon).  Muito fácil se perder, não é mesmo?

Exatamente pela sua dimensão, certamente é impossível conhecer todas as obras em uma única visita. Por isso, para ajudá-lo a organizar o seu roteiro, nós realizamos a difícil missão de escolher as 10 obras imperdíveis do museu, desta forma você poderá realizar um planejamento prévio e se organizar para conhecê-las.

10 OBRAS IMPERDÍVEIS DO MUSEU DO LOUVRE

1 – A Gioconda (Mona Lisa)

Museu do Louvre - Mona Lisa

Esta pequena pintura (77cm x 53 cm) a óleo sobre madeira de álamo é uma das obras mais famosas, valiosas e visitadas em todo o mundo – certamente a mais disputada e conhecida no Louvre.

A Mona Lisa, também conhecida como A Gioconda (que em italiano significa “a sorridente”), foi pintada na Itália nos anos de 1503 a 1506 por Leonardo da Vinci e levada para a França pelo próprio artista no ano de 1516, quando ele foi trabalhar na corte do rei Francisco I.

Ela representa a figura de uma mulher introspectiva, com um sorriso tímido e o padrão de beleza da época em que foi criada. Não se sabe ao certo a identidade da modelo, uma das principais hipóteses é de que possa ser Lisa del Giocondo, a esposa de Francesco del Giocondo, um rico comerciante na região de Florença. Alguns afirmam que se trata na verdade de Isabel de Aragão, uma duquesa de Milão, para quem da Vinci trabalhou por alguns anos. Tem até quem diga que na verdade é um autorretrato do pintor vestido de mulher.

Para visitá-la é necessário um pouco de paciência, pois atrai multidões diariamente que tentam admirá-la e conseguir uma boa foto – missão difícil pela quantidade de pessoas e pela proteção de vidro que protege a pintura.

Aquisição: 1797

Localização: ala Denon, sala 711.

 

2- Afrodite – a Vênus de Milo

Museu do Louvre - Afrodite a Venus de Milo

Esta escultura grega em mármore é hoje uma das estátuas antigas mais conhecidas do mundo: foi possivelmente esculpida no século II a.C. Ela possui 2,02 metros de altura e foi encontrada na ilha de Milos, no Mar Egeu, em 1820.

Acredita-se que ela retrata Afrodite, a deusa do amor e da beleza, que era chamada de Vênus pelos romanos. No entanto, sua autoria é incerta, sendo algumas vezes atribuída a Alexandros de Antióquia. Ninguém sabe que fim levou seus braços, pois há vários mitos e controvérsias sobre o paradeiro deles.

Aquisição: 1821

Localização: ala Sully, sala 345.

 

3- A Vitória de Samotrácia, Museu do Louvre

Museu do Louvre - A Vitória de Samotrácia

A etérea mulher alada trajando um vestido leve e esvoaçante em cima da proa de um navio trazendo a notícia de uma vitória naval é uma das obras mais impressionantes do Louvre com 3,28 metros de altura – representa a deusa grega Nice (Nikè, em grego), mensageira da vitória.

Esculpida por volta do ano de 190 a.C. em mármore branco proveniente de Paro e mármore cinza de Lartos, foi descoberta na Ilha de Samotrácia, situada no mar Egeu na Grécia em 1863, pelo arqueologista francês Charles Champoiseau.

Apesar dos danos significativos e de estar incompleta (sua cabeça, braços e pés nunca foram localizados) é considerada uma das grandes sobreviventes do período helenístico um dos grandes tesouros do Louvre, ocupando um lugar de destaque no museu.

Aquisição: 1864

Localização: ala Denon, no alto da escada Daru.

4- Psiquê Reanimada pelo Beijo de Eros

Museu do Louvre - Psiquê Reanimada pelo Beijo de Eros

Esta bela obra de Antonio Canova foi esculpida em mármore no ano de 1787 em Roma e simboliza o instante mágico em que o amor alcança o êxtase divino, representando a cena em que Eros (o deus grego do amor e do desejo, conhecido na mitologia romana como Cupido) salva Psiquê com um beijo (o beijo do amor) depois de ela ter absorvido a poção mágica que a lançara num sono eterno.

Na fábula, retratada no livro Metamorfoses, do autor Apuleio, Psiquê era uma princesa que encantava a todos com sua formosura. Enciumada, Vênus a deusa da beleza, ordena que o seu filho Cupido castigue a moça fazendo-a se apaixonar por um ser desprezível.  No entanto, ele acaba se ferindo com sua flecha e se apaixonando pela moça. Vivendo o amor em segredo com a condição de que só iriam se encontrar na total escuridão e sem identificar o seu rosto, ele descobre a jovem lhe observando com uma lamparina, perde a confiança e vai embora a abandonando. Ele diz “o amor não sobrevive sem confiança”. Vênus descobre o ocorrido e retoma o plano de castigar Psiquê, lhe infringindo tarefas cruéis. Na última delas, a princesa é obrigada a ir ao inferno para trazer um frasco, no entanto não deve abri-lo. Mas, tomada pela curiosidade, a jovem abre e cai em um sono mortal. Eros, então, salva o seu amor e a leva até o Olímpio, onde se casam.

Aquisição: 1824

Localização: ala Denon, sala 403.

 

5 – Os Escravos 

Escravos de Michelangelo - Museu do Louvre

Estas duas estátuas inacabadas em mármore foram esculpidas em Roma por Michelangelo entre os anos de 1513 e 1515.  Intituladas “Escravo Morrendo” e “Escravo Rebelde” eram destinas a decorar a tumba do papa Júlio II. Estão expostas no Louvre, pois foram um presente de Roberto Strozzi (que as recebeu diretamente do artista) ao rei da França.

O artista esculpia diretamente na pedra, em um bloco inteiro de mármore, e nestas duas obras é possível verificar várias marcas de ferramentas, o que prova o trabalho inacabado.

Existem várias interpretações sobre o seu significado, tais como: as províncias submissas ao Papa, almas presas pelas paixões terrestres, símbolos das paixões vencidas ou ainda as artes liberais escravas com a morte de seu protetor.  No entanto, não se sabe ao certo o que representam.

São raríssimas as obras do artista conservadas fora da Itália, por isso aproveite a visita ao museu para admirá-las.

Aquisição: 1794

Localização: ala Denon, sala 403.

 

6- O Escriba Sentado

Museu do Louvre - O Escriba Sentado

Esta pequena escultura (53,7 cm de altura) foi produzida no Antigo Egito em calcário pintado e olhos em cristal de rocha dentro do cobre, provavelmente entre os anos de 2600-2350 a.C. Foi descoberta em Sakara em 1850 pelo arqueólogo francês Auguste Mariette em um túmulo e impressiona por ter preservado todas as suas cores mesmo depois de 4.500 anos.

Representa um escriba sentado com as pernas cruzadas durante seu trabalho, retratando com realismo as feições do personagem.

 Aquisição: 1854

Localização: ala Sully, sala 635.

 

7- A Esfinge de Tânis, Museu do Louvre

Museu do Louvre - A Esfinge de Tânis

Encontrada em 1825 nas ruínas do Templo de Amun, na cidade de Tânis (capital do Egito Antigo), é considerada uma das maiores esfinges expostas fora do Egito, com impressionantes 4,8 metros de comprimento e 1,83 metros de altura.

Foi esculpida em granito rosa provavelmente no ano de 2600 a.C. (esta informação não é precisa e sim uma especulação). Também não há informações precisas sobre qual faraó está sendo representado pela esfinge.

Aquisição: 1826

Localização: ala Sully, sala 338.

 

8- A Sagração do Imperador Napoleão I

Museu do Louvre - A Sagração do Imperador Napoleão I

Esta grandiosa pintura com impressionantes 9,79 metros de comprimento por 6,21 metros de altura retrata a consagração do Imperador Napoleão I e a coroação da Imperatriz Josefina na Catedral de Notre Dame de Paris, em 02 de dezembro de 1804.

A obra em estilo neoclássico de Jacques-Louis David, o pintor oficial de Napoleão, foi realizada entre os anos de 1805 a 1807.  O pintor eterniza o momento em que Napoleão segura a coroa no alto de sua cabeça prestes a coroar a si mesmo, uma forma de declarar que o seu governo era o poder supremo na França e não a Igreja, enquanto Josefina aguarda ajoelhada e o Papa Pio VII observa a cena. Além disso, atendendo pedido de Napoleão, Maria Letícia Ramolino – a mãe do imperador – é retratada assistindo a cerimônia em uma poltrona no fundo do quadro, mas na verdade ela não estava presente.

 Aquisição: 1889

Localização: ala Denon,  sala 702.

 

9- As Bodas de Caná

Museu do Louvre - Bodas de Cana

Imagem: Site Oficial Museu do Louvre

Localizado bem em frente à Mona Lisa, este é o maior quadro do Louvre, com 9,94 metros de comprimento por 6,77 metros de altura.

Esta gigantesca composição em óleo pelo é uma obra do pintor italiano renascentista Paolo Veronese entre 1562 e 1563, retratando o primeiro milagre de Jesus: a transformação da água em vinho durante uma festa de casamento na cidade de Caná.

Além do tamanho, a precisão dos detalhes e a quantidade de figuras em uma única cena são impressionantes. Vale a pena tirar um pouco a atenção da famosa obra de da Vinci para apreciar esta que é uma das mais belas pinturas do Louvre.

Aquisição: 1798

Localização: ala Denon, sala 711.

 

10 – Apartamentos de Napoleão III no Museu do Louvre

Museu do Louvre - Apartamentos de Napoleão III

Os aposentos de Napoleão III foram construídos entre os anos de 1856 e 1861 após a união do Louvre com o Palácio das Tulherias. Permanecem ricamente decorados com esculturas, objetos decorativos, lustres, tapetes e pinturas nos tetos, além de conservarem o seu mobiliário de origem.

Esta ala dedicada principalmente para recepções podia ser transformada em teatro e acolher mais de 250 pessoas.

Estes luxuosos aposentos merecem sua atenção. Certamente você sairá deslumbrado com sua beleza e imponência!

 Localização: ala Richelieu, sala 542, 543- 544.

 

Visitar o incrível acervo do Louvre é uma belíssima aula de cultura e arte!

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Venha visitar Paris. O Louvre e nós estamos te esperando!

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